quinta-feira, 2 de março de 2017

The moon 1111

Um vazio mora em mim. E em mim o vazio se esbanja. O vazio toma forma variada. Hora é tédio, hora preguiça, hora uma melancolia... A angústia é sua pior forma. E quando se distrai, o vazio deixa entrar uma euforia, um reconhecimento, um entendimento pleno do que vem a ser estar viva. Mas logo o vazio fica esperto, cabreiro que é, e toma seu posto. Algo torto, algo certeiro. Queria eu resolver esse meu vazio, mandar ele caçar inteiro um coqueiro no mato. Só ser. Enfrentar o que vem. Criar. Amar. Compartilhar. Quem sabe o vazio, até ele, canse logo de mim?