sábado, 4 de janeiro de 2014

SMS. Bate papo. Hangout. Skype.

Há quanto tempo de distância estamos nós nessa nossa vida?

 Como sabemos lidar com a "solidão"?

A meu ver, não sabemos. Não aproveitamos o momento de estarmos apenas consigo mesmo pra refletir, pra repensar, pra replanejar, re-atuar. São intervalos dos outros. Intervalos pra si. Quando a gente deveria se olhar mais. Em vez disso, nos cercamos de segurança de ter o outro por perto. Não ajuda. Não vai pra frente. Cansa, mata, o amor. Amor é pra se tecer livre de carências. Livre de inseguranças.

Não sei amar além da necessidade das palavras. E por que precisar tanto delas? As palavras nem sempre dizem o que parecem dizer, mas mesmo assim nos seguramos no que elas aparentemente dizem, o que queremos ouvir. O problema está na necessidade. No abuso da liberdade do outro. Da vida própria. Da descoberta solitária.

Quanto realmente produzimos de novo? Para nós mesmos, para o mundo? Quanto tempo gastamos querendo nos entender, nos repetindo, reclamando?

Tanta coisa que não tá certa nessas necessidades. Nessas necessidades que exigem, que aprisionam, que nos adoecem.