sexta-feira, 27 de maio de 2011

Engraçado como a inspiração vem mais pra mim nas horas de melancolia. Será a poeira que vive a me perseg... na verdade, eu sei, sou eu que persigo essa poeira. Sacudo, lavo, mas ela persiste na maioria dos momentos. Nos outros, existo, alegre. É como uma luta diária pra manter-me seguindo com poeira ou sem, mas seguindo. Reflito sempre se o que eu fiz foi suficiente, em todos os quesitos de minha vida. Se me joguei com poesia, se a transformação foi buscada e alcançada, se amei o que fiz ou quem, se se se....Reflexão presente. Mas procuro outras coisas. Onde exista poesia, sempre a poesia. Quando falta, vejo cortina fechada, telhado branco e uma imensa cama a aconchegar o meu silêncio. Também pode ser uma poesia ultra- romântica. Leveza no viver. Leveza no viver. Pode um elefante voar? "E o Dumbo, fessora?" Naquele mundo com crianças é onde melhor me sinto, ultimamente. E mesmo assim é um mundo tenso, com limites, com olhos. Respirar, exorcizar. Tenho medo de, por fim, te cansar. Ela vencer e te deixar cansado. Ela, eu. "Ela que me faz tão bem. " A mesma que te dilacera a mão e meu coração. Eu. Ufa! Mas no fim, o que importa? O por do sol é laranja. Anuncia o frio do outro dia. Minhas meias hoje são marrons, meu sorriso amarelo, como amarela sou, mesmo trajada com as cores nas quais me escondo e das quais me privo. Mundo negro esse o meu! Mas no fundo, é exagero. É gosto. Sou jovem. Verei outros mundos. Vivo este de agora com a alegria que me permito viver. Sei dos meus defeitos e limites e ainda estou a descobrir até onde posso, se há limite, chegar.
ê diaxo!